Roteiro Cela da Cave da Courmayeur Espumantes e Vinhos, em Garibaldi (RS)

Parte industrial da Vinícola Courmayeur. Foto: Kelly Pelisser

A Courmayeur Espumantes e Vinhos, de Garibaldi (RS), me convidou para conhecer o novo roteiro enoturístico deles chamado Cela da Cave. O passeio foi pensado a partir da cave subterrânea da vinícola, onde estão guardados os vinhos antigos e que parece uma cela. A ideia é conhecer a empresa e refletir sobre a liberdade e nossas prisões (incluindo aqui, as prisões mentais). O roteiro inclui cinco paradas pela vinícola e, em cada uma, um rótulo de vinho ou espumante é degustado. A Courmayeur fica na linha Garibaldina, entre Garibaldi e Bento Gonçalves, próximo ao Vale dos Vinhedos. Um dos acessos é pela BR-470, por uma estrada asfaltada. Outro é pelo próprio Vale dos Vinhedos.

Uma das paradas é em um flamboyant lindo! Foto: Kelly Pelisser

A primeira parada do passeio é num ponto ao ar livre, com um pergolado e vista para o entorno. Depois, a visita para em um jardim com um flamboyant (árvore) lindo! Na sequência, o visitante conhece os tanques onde são produzidos os vinhos. Então, chega a parte mais importante do passeio, entrar na cave que parece uma cela. Lá, estão vinhos bem antigos. O ambiente parece aquelas prisões de filmes de época. Hehehe. Ali é o provado o vinho mais singular da Courmayeur, um lambrusco! É um vinho frisante tinto, comum na Itália. No Brasil, possivelmente a Courmayeur seja a única empresa a produzi-lo. O último ponto de parada é o varejo da vinícola. Em cada lugar por onde o passeio passa estão placas com frases de pensadores famosos sobre liberdade.

A cela onde os vinhos estão aprisionados na cave. Foto: Kelly Pelisser

O passeio dura em torno de 50 minutos e pode ser feito nas sextas, sábados e domingos, às 11h ou 15h. Mas é necessário agendamento prévio. Em outros dias, se houver um grupo, também é possível negociar com a vinícola o passeio. O valor é R$ 35 por pessoa, incluindo uma taça linda que o visitante pode levar para casa.

Bistrô La Fermata, junto à Courmayeur. Foto: Kelly Pelisser

 

A loja da vinícola funciona de segunda a domingo, inclusive feriados, das 9h30min às 17h. Ah, a vinícola fica num ambiente de zona rural, mas não há vinhedos ali ao lado. A produção de uvas própria da Courmayeur fica em outra localidade de Garibaldi. Junto ao varejo da vinícola, fica o Bistrô La Fermata, um lugar lindo, com paredes de vidro, super iluminado e aconchegante, onde é possível fazer refeições aos sábados e domingos, das 10h30min às 17h. O bistrô oferece um cardápio com lanches, opções para almoço, sobremesas, drinks e, claro, os vinhos da casa. O menu conta com petiscos, tábuas de frios, sanduíches, pizzas (incluindo de copa e figo, e ragu de ossobuco e rúcula), escondidinhos, brusquetas, opções para almoço de criança, além de brownie, petit gateau e tortas. Os sanduíches saem por até R$ 20, as pizzas custam R$ 42 e os escondidinhos de R$ 25 a R$ 28. As sobremesas custam entre R$ 15 e R$ 20. O bistrô também recebe eventos à noite, incluindo casamentos e formaturas. Nós almoçamos lá algumas opções que não estão no cardápio habitual, mas que são servidas em eventos: uma salada de folhas com presunto de parma, figo e redução de balsâmico e mel, polenta cremosa com provolone, ragu de ossobuco ao vinho tinto e, de sobremesa, gateau La Fermata com doce de leite e nozes. Tudo muito maravilhoso!

Em cada ponto, são degustados vinhos diferentes. Foto: Kelly Pelisser

A vinícola tem uma vibe muito boa, com muito verde, passarinhos cantando no entorno, é de super fácil acesso. A Courmayeur é um lugar encantador e que vale a pena conhecer!

Courmayeur Espumantes e Vinhos

Onde fica: Avenida  Garibaldina, 32, acesso secundário ao Vale dos Vinhedos, Garibaldi (RS). Uma das entradas é pela BR-470, já em direção a Bento Gonçalves. A outra é pelo Vale dos Vinhedos mesmo. A estrada é asfaltada.
Quando: o roteiro Cave da Cela recebe visitantes nas sextas, sábados e domingos, às 11h e às 15h, mas necessário reserva antecipada. A duração do passeio é de aproximadamente 50 minutos. É possível realizar a visita em feriados, com agendamento prévio.
Quanto: R$ 35, incluindo a taça personalizada e a degustação de cinco rótulos
Outras informações e reservas: pelo telefone (54) 3463.8517, pelo e-mail turismo@courmayeur.com.br ou no site www.courmayeur.com.br/contato

 

 

Passeio de Maria Fumaça, em Bento Gonçalves (RS)

A Maria Fumaça passa pelas estações de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Foto: Kelly Pelisser

O post mais lido do blog em janeiro foi aquele falando que o passeio de Maria Fumaça está com desconto, nesse verão, para moradores de 37 cidades da Serra gaúcha. Então, eu fui também aproveitar esse valor promocional, que segue até 31 de março de 2019, para contar para vocês como é o passeio. Eu já tinha feito duas vezes, mas há muitos anos. O antigo trem percorre 23 quilômetros entre as cidades de Bento GonçalvesGaribaldi e Carlos Barbosa. O trajeto leva cerca de uma hora e meia.

No trem, há apresentações artísticas. Foto: Kelly Pelisser

Você faz a viagem em apenas um dos sentidos. Ou embarca em Bento Gonçalves e vai até Carlos Barbosa (com uma parada em Garibaldi) e depois volta de ônibus para Bento. Ou vai de ônibus até Carlos Barbosa e faz o trajeto inverso com a Maria Fumaça, até Bento Gonçalves. Eu fiz a primeira opção (a escolha é da Giordani Turismo, a operadora do passeio, conforme a disponibilidade na data pretendida). Na estação de Bento Gonçalves, há apresentação de música italiana e degustação de vinho seco e suave e suco de uva tinto e branco. Logo em seguida, se embarca no trem. Lá dentro, há apresentações de teatro, de música gaúcha e de música italiana, interagindo com os turistas. A paisagem lá fora, na maioria das vezes, não é tão bonita, já que o trem percorre uma área urbana e até corta rodovias.

Nas plataformas, há apresentações e degustação de bebidas. Foto: Kelly Pelisser

Há uma parada de 15 minutos na estação férrea de Garibaldi, onde também há apresentações artísticas e degustação de espumante moscatel. De volta ao trem, há ainda um show de tarantela. Mas essa é a parte mais rápida da viagem, já que Carlos Barbosa é bem pertinho. A Maria Fumaça viaja entre 20 e 30 km/h nesse passeio turístico. O trem foi construído nos Estados Unidos nos anos 1940 e era utilizado para o transporte de minério em Santa Catarina antes de levar os visitantes na Serra gaúcha. O passeio acaba na Estação de Carlos Barbosa, onde há mais um show de canções italianas. Ali, os ônibus esperam os turistas que voltarão para Bento Gonçalves. E os que chegaram de ônibus embarcam para o passeio de Maria Fumaça.

O passeio leva cerca de uma hora e meia. Foto: Kelly Pelisser

Nesse período da promoção, os ingressos para moradores dessas 37 cidades custam R$ 68 e também dão direito a visitar o Parque Epopeia Italiana. E ainda parte da renda será destinada para ajudar o Instituto do Câncer Infantil. A visita ao parque, que fica ao lado da Estação da Maria Fumaça em Bento Gonçalves e conta um pouco da história da imigração italiana, com cenários, um filme e atores, dura 35 minutos. O horário da visitação estará definido no ingresso, e poderá ser antes ou depois do passeio de Maria Fumaça. No meu caso, foi depois, na volta.

Para comprar os ingressos na promoção, é necessário apresentar comprovante de residência recente na bilheteria da Estação de Bento Gonçalves ou Epopeia Italiana. A compra deve ser efetuada presencialmente, nas bilheterias, pela Central de Atendimento no (54) 3455.2788 ou pelo e-mail faleconosco@giordaniturismo.com.br (nesse caso, o pagamento pode ser feito por depósito ou transferência bancária). Crianças com até cinco anos estão isentas.

O preço normal, fora da promoção para as 37 cidades, para a Maria Fumaça mais Epopeia Italiana é R$ 135. As saídas da Maria Fumaça não têm um cronograma fixo, mas normalmente ocorrem às quartas, sextas, sábados e domingos (mas nem em todos esses dias todas as semanas). Os horários também são variáveis, mas as saídas costumam ser às 9h, 10h, 14h e 15h. Por isso, é importante consultar a Giordani Turismo sobre a data pretendida.

Confira aqui o post com a lista das 37 cidades da Serra que tem desconto no passeio de Maria Fumaça até o dia 31 de março de 2019.

Parque Aldeia do Imigrante, em Nova Petrópolis (RS)

Vila alemã no Parque Aldeia do Imigrante. Foto: Kelly Pelisser

Eu já conhecia, mas retornei agora ao Parque Aldeia do Imigrante, de Nova Petrópolis (RS). O lugar é lindo! Uma área verde enorme, bem no centro da cidade, com diversas atrações ligadas à cultura alemã. O parque foi concedido à iniciativa privada em 2018 e passou por algumas revitalizações, mas as atrações continuam as mesmas. O Aldeia do Imigrante funciona todos os dias, incluindo domingos e feriados. O ingresso custa R$ 12, com meia entrada para estudantes e idosos.

Bandinha típica alemã. Foto: Kelly Pelisser

Logo na entrada, tem um conjunto de lojinhas que vendem itens para turistas. Por ali, também fica um parque infantil. Logo ao lado, estão uma tenda que abriga uma bandinha alemã que fica tocando praticamente o tempo todo. E, em seguida, fica um biergarten, um espaço que serve comida e bebidas. Há itens típicos da culinária alemã como pretzel (eu tive que comer um! Eu adoro! Esse custa R$ 6) e bratwurst (salsicha), mas também há opções bem brasileiras para o lanche, como xis e pão de queijo. Ali dá pra comprar ainda chopp ou cerveja artesanal servidos naqueles copos altos estilo alemão. Bebi uma weiss, que custa R$ 15 o copo de 600ml.

Biergarten. Foto: Kelly Pelisser

Cerveja no biergarten. Foto: Kelly Pelisser

Pretzel no biergarten. Foto: Kelly Pelisser

Logo na entrada, está um lago menor. Mas há outro maior, mais à frente, onde estão instalados os pedalinhos.  O pedalinho funciona diariamente das 9h às 12h e das 13h às 17h. Mas só em dias de tempo seco. Se chover, o pedalinho fecha. Para andar neles, o custo é de R$ 10 por 20 minutos. Os lagos tem animais como peixes e tartarugas.

Pedalinhos no lago. Foto: Kelly Pelisser

Seguindo pelo meio das árvores, fica uma vila alemã, com vários prédios do início da imigração na cidade. Ali estão uma igreja antiga, um salão de comunidade, ferraria, escola e casa do professor, além de um cemitério com lápides dos imigrantes. Há também a casa da primeira cooperativa de crédito da América Latina, fundada em Nova Petrópolis em 1903, que depois deu origem ao Sicredi Pioneira. Por causa dele, Nova Petrópolis, é considerada a Capital do Cooperativismo. Nessa casa, há objetos históricos da cooperativa, como cofre, moedas, cheques e cadernetas de poupança. No prédio que abrigava a casa do médico e primeiro hospital de Nova Petrópolis, está o museu municipal, com peças que contam a história da cidade. Já no salão comunitário, há venda de algumas comidinhas típicas, como cucas. Eu acho uma graça mesmo essa vilinha e sempre rende fotos legais por ali.

Cemitério na vila alemã. Foto: Kelly Pelisser

Cofre da primeira cooperativa de crédito da América Latina. Foto: Kelly Pelisser

Igreja da vila alemã. Foto: Kelly Pelisser

O parque é, realmente, um ponto que vale a visita, com belezas naturais e a história e cultura da imigração alemã no Estado. Recomendo muito e sempre quero voltar!

 

Parque Aldeia do Imigrante

Onde fica: Rua 15 de Novembro, 1966, Centro, Nova Petrópolis (RS)

Horários: o parque funciona todos os dias, incluindo domingos e feriados, das 8h30min às 18h. O pedalinho funciona diariamente das 9h às 12h e das 13h às 17h (mas o pedalinho fecha em dias de chuva)

Quanto: ingressos do parque a R$ 12. Estudantes e idosos pagam meia. Já os pedalinhos são pagos à parte, custam R$ 10 por 20 minutos.

Mais: site do Aldeia do Imigrante e Facebook do Aldeia do Imigrante

Voo panorâmico do Aeroclube de Caxias do Sul (RS)

Dá para avistar Pavilhões da Festa da Uva e outros pontos de Caxias. Foto: Kelly Pelisser

Fiz um voo panorâmico do Aeroclube de Caxias do Sul (RS). O passeio dura 24 minutos e sobrevoa a área central da cidade e mais a zona sul, onde o relevo é bonito, com rios, estradas de chão e mata. O Aeroclube fica do ladinho do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani (o acesso é numa ruazinha sem saída, que está sinalizada numa placa). O lugar funciona de terça a domingo e oferece, em todos esses dias, os voos panorâmicos e também cursos de formação para piloto privado e comercial.

Voo também passa pelo interior. Foto: Kelly Pelisser

Para os voos panorâmicos, é preciso ligar e agendar com, no mínimo, um dia de antecedência. As saídas dependem do tempo bom e da disponibilidade de aeronaves, já que os aviões são utilizados também nos treinamentos de pilotos. Esse voo panorâmico que eu fiz foi num Cessna 172. Ele tem lugar para três passageiros. O voo mais básico, de 24 minutos, custa R$ 315. Esse é o preço total, ou seja, se forem três pessoas, sai por R$ 105 para cada uma. Também é possível contratar outros passeios, mais longos, até o Litoral, Vale dos Vinhedos, ou a região dos cânions, nos Campos de Cima da Serra. O tarifário está no site do Aeroclube.

Dá para fazer muuuuuitas fotos lá de cima. Foto: Kelly Pelisser

A pista é a mesma utilizada pelo aeroporto. Então, tivemos que esperar um pouco para a saída do avião da Gol pela manhã. O movimento no Aeroclube em domingos de sol é intenso, com aulas e voos panorâmicos, além de particulares. Eu voei nesse domingo, um dia muito bonito e quase sem vento. A decolagem foi muito suave e o voo, super tranquilo. Passamos pelo centro, Pavilhões da Festa da Uva, Represa Dal Bó e depois fomos ao sul, onde há morros e mata. O voo panorâmico é feito a uma altitude baixa, para que os passageiros possam reconhecer bem a cidade, os prédios. Dá para ver o prédio Parque do Sol, o mais alto de Caxias, o Parque dos Macaquinhos, os estádios de futebol do Juventude e Caxias, os Pavilhões da Festa da Uva, entre outros ícones da cidade. O passeio foi super agradável e parece que os 24 minutos passam voando (ok, o trocadilho foi cretino, mas passa rápido mesmo. Ahah). Dá para fazer muitas fotos lá de cima. Duas pessoas ficam nos assentos detrás e uma ao lado do piloto. De qualquer um dos lugares, é possível enxergar bem a cidade e fazer muitos registros fotográficos. É uma opção de passeio diferente e muito bacana! Vale mesmo a pena!

 

Aeroclube de Caxias do Sul 

Onde fica: Avenida Salgado Filho (numa entradinha ao lado do aeroporto de Caxias do Sul. A entrada está sinalizada com uma placa), Caxias do Sul, RS

Mais: Facebook do Aeroclube de Caxias do Sul e site do Aeroclube de Caxias do Sul

Lugares para comer pet friendly em Caxias do Sul e Serra gaúcha

Bichinhos de estimação são muito fofos, companheiros, alegres e fazem parte da família. Cada vez mais gente tem pets em casa. Então, nada mais natural do que querer levá-los junto para passeios. Só que, diferente de países da Europa onde é super normal encontrar cachorros em restaurantes, no Brasil, aos poucos, a ideia começa a ser disseminada. Por aqui, o rigor da legislação é apontado como entrave para que mais empreendimentos aceitem animaizinhos.

Preparei uma listinha de lugares para comer em Caxias do Sul, Farroupilha e Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, que são pet friendly, ou seja, que recebem animais de estimação. Alguns só aceitam numa área externa, em outros, os bichinhos podem circular sem restrições. Dá uma olhada porque todos os empreendimentos são sensacionais e já valeriam a visita por si só, mas podendo levar o amiguinho de quatro patas, fica melhor ainda, né! Se ainda souber de mais algum lugar, é só me avisar nos comentários ou pelo e-mail kellyisispelisser@yahoo.com.br, que eu incluo na lista. J

 

CAXIAS DO SUL

Dog Café 

Essa é uma novidade em Caxias do Sul, totalmente voltada ao público pet. O Dog Café é um espaço onde os donos e os bichinhos podem fazer seu lanche juntinhos, mas também aproveitar todo o complexo da Dog Club House, onde está localizado, que é uma casa conceito da marca Dog Club. Lá tem a Dog Club Store, que é a loja da marca; o estúdio fotográfico da Carol Photo Pet; e mais o Dog Quintal, um espaço bacanérrimo com piscina com água, piscina de bolinhas e outros brinquedinhos para donos e bichos interagirem. No Dog Café, tem cardápio pet, com bolos de aniversário, hambúrguer de legumes, muffins de frutas, biscoitos, bifinhos, gelatinas, picolés, entre outros. E para as pessoas, tem pizzas, sanduíches, batata-frita, petiscos, bolos, quiches, tarteletes, almoços, cerveja gelada e outras opções. A casa não cobra entrada, somente o que for consumido. O único espaço que cobra entrada é o quintal, R$ 5 a hora. Os itens do café podem ser servidos também no quintal.

Onde fica: Rua Pinheiro Machado, 542, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: o Café e a Store abrem de terça a domingo, das 10h às 19h. O Quintal de segunda a sexta, das 14h às 19h, e sábado e domingo, das 10h às 19h. A Carol Photo Pet funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, e no final de semana só com agendamento.

Que fofura poder tomar tomar café e circular com os pets por todos os espaços ! Foto: Dog Club House, divulgação

 

Dulce Amore Confeitaria Fina do Shopping Iguatemi Caxias

Donos de pets podem fazer seu lanche na filial da Dulce Amore Confeitaria Fina no Shopping Iguatemi Caxias mas apenas nas mesas externas. Os bichinhos não podem circular dentro da loja. Há mesas, em frente ao empreendimento, no espaço LifeStyle do shopping (aquela parte coberta), onde é possível sentar com os animaizinhos. O lugar é famoso pelo café servido na casquinha de sorvete, mas também há outras delícias doces e salgadas. Vou adiantar um projeto muito legal deles, mas que ainda está em desenvolvimento: a ideia, no futuro, é ter também atendimento para os pets, com snacks para o consumo de animais. Legal, né?

Onde fica: Shopping Iguatemi, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sábado, das 10h às 22h, domingos, das 14h às 20h.

 

Giardino Café

Fica em uma casa entre os bairros Centro e Lourdes. O cardápio do lugar tem basicamente uma iguaria exclusiva da casa: os fofos. São massinhas aeradas, sem gordura, assadas. Elas são como um pãozinho redondo. Você pode escolher a cobertura doce ou salgada. O cardápio conta ainda com drinks e cafés. O lugar tem lareira, que é acesa nos dias frios. E também tem um pátio externo, com mesas e cadeiras, que pode ser aproveitado nos dias de sol. Cães pequenos podem ficar no interior da casa. Mas os maiores só no pátio.

Onde fica: Avenida Júlio de Castilhos, 1011 (entre as ruas Andrade Neve e Vereador Mário Pezzi), Centro, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sábado, das 15h às 21h.

 

Maria Lorenza

A Maria Lorenza é uma loja de roupas femininas e um café que fica em uma casa na área central. O espaço comercializa, além de roupas, acessórios como bijouterias, e mais sabonetes e outros itens de beleza que não sejam testados em animais. Há ainda uma seção para vender caminhas e itens para pets. Então, claro, que o café também aceita bichinhos. O lugar conta com mesinhas num dos cômodos da casa e também num terracinho que é a coisa mais querida, com um jardim, no meio da residência. O café tem salgados, doces, tortas, cafés especiais e muitos tipos de chás.

Onde fica: Rua Moreira César, 2671 (entre as ruas Pinheiro Machado e Bento Gonçalves), Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábados, das 10h às 17h.

 

Mestre-Cervejeiro.com

Essa é uma loja especializada em cervejas artesanais nacionais e importadas, com mais de 250 rótulos. Qualquer garrafa de cerveja que o cliente escolher na estante estará gelada, pronta para ser servida na hora. Além disso há duas torneiras de chopp servidas diariamente. A loja tem parceria com alguns restaurantes do entorno para oferecer, no horário de funcionamento dessas casas, petiscos, pizzas, porções de batata e polenta frita e sushi, para acompanhar a cerveja. Os bichos são aceitos dentro da loja em qualquer horário.

Onde fica: Avenida Julio de Castilhos, 3116, bairro São Pelegrino, próximo ao posto de combustíveis da Julio, Caxias do Sul, RS.

Horários de funcionamento: de segunda a sexta, das 11h às 22h, no sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 13h30min às 19h.

Morri com essa foto do Mestre-Cervejeiro! Foto: Mestre-Cervejeiro, divulgação, Facebook

 

Sônia Hermoza Padaria Artesanal

A Sônia Hermoza Padaria Artesanal é um lugar que eu amo em Caxias, com doces maravilhosos! O brownie com morangos e a mil folhas são divinos, com uma textura incrível e um sabor muito equilibrado. Como se não bastasse isso, tem um deck ar livre na parte externa muito legal para ficar sentado observando o movimento da Avenida Itália, e onde os bichinhos são aceitos (apenas nessa parte de fora).

Onde fica: Avenida Italia, 315 (no antigo Bukus), bairro São Pelegrino, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento:  de segunda a quinta-feira, das 8h às 19h, nas sextas, sábados e domingos, das 8h às 20h.

 

Sweez Confeitaria & Eventos

Esse é outro lugar que eu adoro demais em Caxias do Sul. Com uma decoração colorida e super fofa, tem docinhos lindos e super caprichados. Além disso, há sanduíches, sopas, saladas, salgados, pães artesanais de fermentação natural, tortas e gelatos no cardápio. Os meus preferidos de lá são o brownie, os cupcakes (que são muito gracinhas) e o sorvete. Para quem é apaixonado por café, tem muita opção! Não só de tipos, mas diferentes formas de extração da bebida. E olha só que máximo: a Sweez permite animais na loja! Pode ficar junto dos donos nas mesas na parte interna, ou também tem umas mesinhas num terracinho externo.

Onde fica: Rua Coronel Flores, 749, sala 3, na antiga Estação Férrea, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábados, das 13h às 19h30min.

A musa Preta Gil bem de boas na Sweez, em Caxias do Sul. Foto: Cristian Ferreira, divulgação

 

Urso Brownie

A Urso Brownie é um lugar querido demais! Para começar, a casa é muito linda, com vidros amplos e portas no estilo antiguinho. A especialidade, como o nome já entrega, são os brownies. A apresentação dos produtos é de encher os olhos. Tem brownies com coberturas e brownies de pote em camadas, além de opções salgadas, cafés e sucos. A área da frente da casa conta com um deck ao ar livre com mesinhas e ombrelones. Os pets são aceitos apenas nessa parte externa.

Onde fica: Rua São João, 1794, Centro, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de terça à sábado, das 15h às 22h, e domingos, das 15h às 20h.

 

Yoo Boutique Food Store

A Yoo Boutique Food Store é uma loja e restaurante que fica numa casa super bacana bem no Centro. No armazém tem muita coisa legal para vender para preparar em casa ou comidas prontas para levar, além de grande variedade de vinhos. Mas também tem mesas na parte interna e num deck externo, onde se pode desde fazer refeições completas no almoço ou jantar até só um lanchinho de leve durante a tarde. Entre as opções, sushis, carnes, risotos, massas, tortas bem legais e diferentes. Dá para pedir, inclusive, vinho em taças. Somente nesse deck ao ar livre, na parte externa na frente da casa, dá para ficar com os bichinhos de estimação.

Onde fica: Rua Os 18 do Forte, 1535, Caxias do Sul, RS

Horários de funcionamento: de segunda à sábado, das 11h às 21h

 

Observação sobre os shoppings: apenas para alertar que tanto o Shopping Iguatemi Caxias quanto o Shopping San Pelegrino são pet friendly, mas permitem a circulação de animais apenas em áreas comuns fora dos setores de alimentação. Ou seja, dá para passear com o bichinho pelos corredores das lojas nos dois shoppings, mas não é permitido levá-los para a Praça de Alimentação, mesmo que seja no colo.

 

FARROUPILHA

Café Estação Blauth

O restaurante Café Estação Blauth é um lugar super badalado aos finais de semana. Em meio à natureza, na estrada antiga que liga Farroupilha à Garibaldi, conta com um deck e também com área externa onde os bichos são aceitos. No cardápio, estão pratos a la carte, como entrecot e risotos, além de hambúrgueres e sobremesas lindas demais. A casa tem seu próprio mascote, o cachorrinho Pingado, que é uma simpatia só e foi adotado há dois anos. O Pingado fica circulando entre os clientes e fazendo amizades. E amigos humanos ou caninos são sempre bem-vindos. A única orientação que o café faz é que animais muito grandes fiquem presos à coleira, para não amedrontar outros clientes que não sejam muito acostumados com bichos.

Onde fica: VRS-813, Km 9, Desvio Blauth, Farroupilha, RS

Horários de funcionamento: Sexta, das 17h às 23h, sábados, das 12h às 23h, e domingos, das 11h às 19h.

Que simpatia que é o Pingado do Café Blauth mostrando o deck onde os bichinhos podem ficar. Foto: Café Estação Blauth, divulgação

 

BENTO GONÇALVES

Amora Sabores Especiais

O Amora Sabores Especiais é um lugar divino, que prega a alimentação saudável, mas com pratos lindos e super gostosos. Dá para fazer um lanche, jantar ou fazer um pré ou pós-treino lá. Nos sábados, tem almoço ao meio-dia. Na sexta, a partir das 19h30min, tem fondue com itens saudáveis! No cardápio, tem uns bolos maravilhosos (os nake cakes são lindos demais e muito gostosos), sanduíches e pizzas individuais, entre outros. Na entrada da casa, tem mesinhas ao ar livre, com ombrelones. Os pets são aceitos nesse espaço externo.

Onde fica: Avenida Planalto, 816, Bento Gonçalves, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sexta, das 15h às 22h30min, e sábados, das 11h45min às 19h.

 

Café Com Arte

O restaurante Café com Arte é um bistrô que serve, à noite, risotos, massas, carnes, sopas, saladas, burguer e sobremesas. Os pratos mais famosos do lugar são a costelinha de porco da casa e o burger da casa. Para acompanhar, tem cervejas artesanais, vinhos e espumantes. Os bichinhos são aceitos num espaço específico no interior e na área externa, onde há mesas num jardim coberto.

Onde fica: Rua Marques de Souza, 354, Bento Gonçalves, RS

Horários de funcionamento: de terça à sábado, das 19h às 23h.

 

Miolo Wine Garden

O Wine Garden da Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, é simplesmente uma delícia! Um ônibus fica estacionado no jardim aos fundos da vinícola, onde são preparadas comidinhas que são servidas no gramado, juntamente com os vinhos e espumantes da Miolo. O cardápio varia conforme a estação e, às vezes, inclui pratos de chefs convidados. Mas tem bruschetas, tábuas de frios, cupcakes e outras sobremesas delicinha. Dá para sentar em cadeiras junto a mesinhas ou ficar pelo chão mesmo, em tapetes e almofadas que estão dispostos pelo gramado. É maravilhoso ficar por lá em dias de sol e tempo bom. Os bichinhos são aceitos lá e também contam com água e ração. É muito amor, né!

Onde fica: Vinícola Miolo, RS-444, Km 21, Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, RS

Horários de funcionamento: sábados e domingos, das 10h30min às 18h

 

Viverone Café Boutique

O Viverone Café Boutique fica junto ao hotel Viverone, com entrada pela rua ao lado daquela da rua principal do hotel. Ele é aberto ao público em geral, não somente a hóspedes. O legal é que funciona todos os dias, incluindo domingo, e num horário amplo. Tem muita coisa gostosa, tortas, cafés especiais (acho querido o expresso com Nutella servido em copo), e fondue, entre outras delícias. Na entrada, tem um deck externo ao ar livre, com mesinhas. Os pets são aceitos nesse deck na parte de fora.

Onde fica: Junto ao Hotel Viverone, Rua Carlos Flores, 301, Bento Gonçalves, RS

Horários de funcionamento: de segunda a sábado, das 11h às 22h30min, e domingos, das 14h às 22h.

 

Caminhada na Ferrovia do Trigo, em Dois Lajeados (RS)

Já faz algum tempo que eu queria conhecer a Ferrovia do Trigo, na região de Dois Lajeados, na Serra gaúcha. Mesmo tendo medo de altura, resolvi encarar, no último sábado, a caminhada de 10 quilômetros junto com uma turma da Indiada Buena Aventuras, de Bento Gonçalves. Durante oito quilômetros, seguimos os trilhos do trem, entre o interior de Guaporé e uma localidade no interior de Dois Lajeados. Nesse trecho, passamos por cinco túneis e por dois viadutos, o Mula Preta, com 325 metros de extensão e quase 100 metros de altura, e o Pesseguinho, menor em extensão, porém, bem mais alto. No final, foram mais dois quilômetros de estrada de chão, numa subida, para sair da ferrovia e chegar ao ponto onde o transporte nos aguardava. Ah, mas não é só a altura o que o torna o passeio cheio de adrenalina: o trem de cargas ainda passa por essa ferrovia mais de uma vez ao dia, e detalhe: não se faz ideia dos horários.

O ponto de encontro foi numa empresa em Bento, nas margens da BR-470, ao meio-dia de sábado. O grupo tinha 42 pessoas, mais três guias. Um deles abre o caminho à frente, outro acompanha o pessoal no meio, e o último fica no fim, para evitar que alguém se perca. Demoramos pouco mais de uma hora para chegar, em uma van e um micro-ônibus, até o ponto do início da caminhada. Logo à frente, já estava o primeiro túnel, de 500 metros de extensão. Levamos lanternas para enxergar lá dentro, especialmente, onde você pisa, já que o entorno dos trilhos e dormentes tem cascalho grosso. Vez por outra, caía um pouco água nas nossas cabeças, já que os túneis têm infiltrações. Durante o trajeto, há outro túnel de extensão semelhante, dois pequenos (em que você já enxerga a saída do ponto de entrada) e um bem grande, de 2,3 quilômetros (onde você vai entender o significado da expressão luz no fim do túnel. Hehe). Nesse maior, eu ouvi morcegos passando e senti o cheiro de aranha, mas não vi nenhum bicho.

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A parte mais emocionante (ou tensa) do passeio, certamente, é a passagem pelos dois viadutos. Antes de contratar o passeio, fiquei pensando se eu realmente conseguiria cruzá-los. O primeiro, o Mula Preta, dá as caras logo, depois dos túneis mais curtos. Ali no início, me pareceu ok. A orientação dos guias foi cruzá-lo em trios: uma das pessoas fica no meio dos trilhos, as outras duas nas laterais, de mãos dadas, para dar uma sensação de segurança maior. Não há muretas de proteção nem nada nas laterais. E os dois viadutos que cruzamos no passeio são vazados, ou seja, não têm concreto, apenas os trilhos e os dormentes, sustentados por uma armação de metal. Ou seja, você enxerga lá embaixo entre um dormente e outro. O espaço não é suficiente para caber um pé, caso você erre o passo. Apenas no dormente mais próximo das pilastras de concreto, o vão é maior. Aliás, se não olhar pra baixo, facilita a travessia.  Cada trio saía assim que o outro grupo já estava na altura de um dos refúgios laterais do viaduto. Como falei, o trem ainda passa na ferrovia várias vezes ao dia. Se caso ele chegasse, deveríamos correr para um desses refúgios laterais, feitos de ferro (estão bem enferrujados). Assim, com um espaçamento entre cada trio, cada um estaria mais ou perto do próximo refúgio, em caso de necessidade. Ah, os refúgios são intercalados, um à direita, outro à esquerda, mas não sei por que os da esquerda (no sentido em que estávamos caminhando) não têm o chão, ou seja, só os da direita podem ser aproveitados para escapar.

Como eu estava sozinha, um casal de namorados se ofereceu para ser o meu trio, só que a guria quis ficar no meio dos trilhos. Dei os primeiros passos e achei que não ia conseguir ir até o final estando na lateral, com o vazio lá de baixo ao meu lado. Então, um cara de um trio de amigos jipeiros trocou de lugar comigo. Assim, fui no meio dos trilhos, o que me pareceu bem mais tranquilo. Sentia minha mão suar muito (não sei se era o calor do dia. Hehe) e não quis olhar muito para os lados. Achei meio tenso chegar perto das pilastras onde o espaço entre um dormente e outro era bem maior e também quando passamos por um dormente (são de madeira) que estava rachado fora a fora. Mas, deu tudo certo. Depois de atravessar, até voltei ao ponto estava o refúgio mais próximo para fazer fotos. O segundo viaduto deu medo igual, embora pareça que, no início, você já está mais acostumado. Nesse, eu atravessei de mãos dadas com um dos guias. Aliás, os guias são muito gente boa! Eles também ajudaram uma senhora que, ao chegar no primeiro viaduto, disse que não passaria. Mas, ela foi, sim. Todos foram.

Caminhada Ferrovia do Trigo

Para provar que atravessei! A travessia é feita em trios. Foto: Indiada Buena Aventuras

O trem não passou durante todo nosso percurso. Ainda bem! Se passasse num dos pontos da ferrovia em meio ao mato, ok. No túnel, deve assustar um pouco. Tem bastante espaço nas laterais, inclusive tem um degrau, um declive nos lados, mas ele deve fazer muito barulho e vento. Porém, imaginem no alto do viaduto? Toda aquela altura, você tem que correr e, mesmo chegando no refúgio, tudo deve tremer. Ai, Jesus! Perguntei para um dos guias se aconteceu de o trem passar durante uma caminhada. Ele me respondeu que no viaduto, nunca, mas, que, nos túneis e em outros pontos, sim.

Bom, o segundo viaduto marca também o fim do passeio. A partir dali, o grupo pegou uma trilha de dois quilômetros para sair da ferrovia. A van e o micro-ônibus aguardavam o grupo para nos levar até a propriedade de uma família no interior do município de Vespasiano Corrêa, onde nos serviram um café colonial maravilhoso! Fortaia, queijo e salame fritos, bolo, pão caseiro, milho cozido, batata doce, banana, suco natural, café! Imagina a fome do pessoal! Hehe. A caminhada durou cerca de quatro horas. Saímos de Bento meio-dia e pouco e retornamos ao munícipio por volta das 20h. Ah, tem gente que faz por conta essa trilha, inclusive, vários mochileiros percorrerem um trecho maior, passando por diversos municípios (há outros viadutos e túneis à frente) e acampando no caminho.

Turma da Indiada Buena Aventuras, que fez comigo o percurso pela Ferrovia do Trigo

Turma da Indiada Buena Aventuras, que fez comigo o percurso pela Ferrovia do Trigo

Quem organizou o nosso passeio foi a Indiada Buena Aventuras, de Bento Gonçalves. Todos os roteiros deles incluem caminhadas mais longas. Eles também organizam corridas de aventuras e acampamentos. O site deles é bem completo. Você faz um cadastro e também recebe por e-mail toda a programação, com o trechos, o nível de dificuldade (tem fácil, intermediário e difícil) e valores. A caminhada da Ferrovia é considerada intermediária, afinal, são 10 quilômetros, com uma subida no final. E parece mais difícil caminhar pelos trilhos, com cascalho grosso, do que em terrenos planos. Mas, achei bem tranquilo de vencer, mesmo com o calor. Fiquei cansada no final, mas não me doeu nada no dia seguinte (tenho um preparo considerável. Faço musculação e natação há anos). Paguei R$ 95 pela aventura, já incluído tudo, transporte, guias, café colonial no final e seguro. Os organizadores são muito gentis, respondem rápido e-mails e enviam todas as orientações necessárias. Desde de como pagar o valor por depósito bancário para quem não mora em Bento, passando pelo check-list do que levar (água, lanche, repelente, protetor e lanterna são indispensáveis nesse passeio), até curiosidades do trecho e a previsão do tempo para o dia. As caminhadas são programadas para fins de semana e feriados normalmente, e só não saem em caso de chuva forte. Você também pode montar um grupo com seus amigos da faculdade, da escola, da associação, da academia e sugerir uma data para um dos roteiros que eles organizam. Há alguns grupos fechados e outros que surgem do interesse de alguns amigos e depois são abertos ao público em geral para completar o número de participantes, além daqueles do calendário da Indiada. O ponto de saída é sempre uma empresa em Bento (nas proximidades das garagens da empresa de transportes Bento), mas, se tiver muita gente de uma cidade mais distante, a van também pode passar nessa cidade. Ou, se o roteiro ficar no caminho. Por exemplo, há rotas pelos Campos de Cima da Serra, então, é possível embarcar em Caxias do Sul. Há roteiros pelos cânions, pelo interior de São José dos Ausentes, de Bento Gonçalves e por outros túneis abandonados. Ah, essa da Ferrovia do Trigo tem ainda uma edição noturna, em épocas de lua cheia.  Também, mas com frequência menor, para a Chapada Diamantina, Monte Roraima e já teve edições internacionais, na Argentina e Chile. Os guias fazem fotos suas durante o passeio e enviam o link logo depois (eu recebi as minhas na segunda-feira). No site, há um espaço bem bacana, reservado, onde fica seu cadastro, com a contagem dos quilômetros das aventuras que você já participou. Porque, sim, a maioria volta. Do passeio que eu fiz, uma boa parte das pessoas já tinha ido em outras caminhadas, ou até mesmo nessa da ferrovia. E eu tô só pela minha próxima indiada também. Afinal, vencer medos e conhecer novas paisagens caminhando é sempre legal, né? J

 

 

Veja todas as minhas fotos da aventura: https://picasaweb.google.com/101126651209934567449/FerroviaDoTrigo020416?authkey=Gv1sRgCLWKzsHrr-39KA

Link para o vídeo que fiz no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=IOC6xsGwvX0

 

Como contatar a Indiada Buena Aventuras:

Site (super completo, tem todas as informações, valores, fotos e a programação das próximas aventuras): http://www.indiadabuena.com.br/

Facebook: https://www.facebook.com/IndiadaBuenaAventuras/?fref=ts

E-mail:  indiadabuenabg@gmail.com

 

Barlavento, Rio do Vento Morangos Hidropônicos, em Caxias do Sul (RS)

Sorvete de forno no Morangos Hidropônicos

Sorvete de forno com merengue: é tipo morrer e ir pro céu. Foto: Kelly Pelisser

Um dos lugares mais legais de Caxias do Sul, na minha opinião, o Barlavento, Rio do Vento Morangos Hidropônicos é uma ótima opção de aliar passeio e gastronomia. Uma propriedade linda, às margens da Rota do Sol, na saída de Caxias do Sul em direção ao Litoral, onde se cultivam morangos hidropônicos.

As frutas são produzidas sem agrotóxicos, apenas com controle biológico. Porém, o mais surpreendente: os morangos ouvem música para se desenvolverem! Rock’n’roll, preferencialmente, mas também pode ser reggae e música latina. Assim, cresceriam mais vistosos e saborosos. De boa.

morangos hidropônicos

Área onde os morangos são cultivados ao som de música. Foto: arquivo pessoal

Entre as opções deliciosas para comer estão massas, sanduíches, sopas e cremes. Vários dos pratos têm, claro, os morangos cultivados no local. Experimente o suco, é divino! Adoro os nomes do cardápio, como Juliana à Deriva e Te Agarra Catarina. O meu preferido é um sorvete de forno chamado Vento Sul: uma cumbuca enorme com frutas, sorvete, licor de morango e merengue levados para assar. Uma tentação!

Espaço externo com redes no Morangos Hidropônicos

Espaço externo com redes. Foto: acervo pessoal

No entorno, muito verde, redes lá fora para se espreguiçar, trilhas no mato e uma tirolesa para crianças. O espaço também conta com uma hospedaria erguida em um casarão de 1871 da região das Missões, trazido para Caxias. Uma coisa legal do lugar é que está sempre aberto, diariamente, inclusive feriados, o dia todo. No fim de semana, costuma ser bem cheio. A dica é: se o tempo estiver bom, pegue algo para comer e aprecie lá fora, ao ar livre. Ah, só não esqueça do repelente, porque, como o mato é muito, também são muitos os mosquitos. No mais, é só curtir de boa. Como os morangos.

Área interna do Morangos Hidropônicos

Área interna com amplas janelas. Foto: Kelly Pelisser

 

Barlavento, Rio do Vento Morangos Hidropônicos

Onde: RSC-453, Km 154, Rota do Sol (a 14 quilômetros do centro, em direção ao Litoral), Caxias do Sul (RS)

Horário: de segunda a sexta, das 8h às 19h, sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.

Mais: site e Facebook 

 

Vídeo: Principais atrações de Dublin, na Irlanda

Morei em Dublin, na Irlanda, em 2011. Esse vídeo eu fiz naquela época mostrando as principais atrações da área central da cidade. Achei que vale resgatar. Só, por favor, relevem o vento. Gravei com uma camerazinha comum. E venta demais em Dublin, em qualquer estação. Se não chover e ventar, não é Dublin. 🙂

Pretendo fazer vídeos novos de atrações no Brasil e ir postando aqui no blog.

Buenos Aires: as principais atrações da cidade

Escrevi esse texto originalmente em outubro de 2013, depois de ter voltado de uma viagem de férias a Buenos Aires, na Argentina. É bem o básico do básico para quem nunca esteve na Capital do país vizinho. Como já faz uns anos, algumas dicas podem estar desatualizadas, mas, creio que a maioria ainda vale.

Casa Rosada. Foto: Kelly Pelisser

Casa Rosada. Foto: Kelly Pelisser

Nos cinco dias em que estive em Buenos Aires, consegui percorrer as principais atrações da cidade. Acho que quatro dias são mais do que suficientes, se você não quiser ir ao Zoológico de Luján, por exemplo.

O famoso Caminito é apenas uma pequena rua, no bairro da Boca (um pouco mais afastado do Centro). Toda feita para turistas, tem restaurantes e lojinhas para vender lembrancinhas. As casas são bem coloridas, lembrando os cortiços de imigrantes pobres, feitos com pedaços de contêineres velhos (por isso, tinham muitas cores). Dá para fazer umas fotos legais, mas não vi muita graça nesse lugar, lotadíssimo de turistas e de gente querendo te oferecer de tudo.

Indo para o Centro, na Plaza de Mayo, tem várias coisas pra ver. Recomendo ir num final de semana, porque aí é possível visitar a Casa Rosada. A sede do governo abre nos sábados e domingos para turistas e o passeio guiado é de graça (ou pelo menos, abria em 2013. É bom dar uma checada antes, porque entendi que visitas guiadas agora são só para escolas ou organizações). Assim que você entrar no pátio das Palmeiras (é lindo!) vá até a porta onde uma moça distribui fichas para o passeio. Pegue logo a ficha porque talvez você tenha que esperar muito tempo até o próximo horário livre. A Casa Rosada tem salões lindos. Um dos pontos altos é a sacada para a Plaza de Mayo, onde já discursaram presidentes e onde a Seleção Argentina que tinha Maradona como estrela principal comemorou a Copa do Mundo. Em algumas salas, a presença de Evita Perón ainda paira. Há quadros, fotos e a escrivaninha da ex-primeira-dama preservadas.

Ao redor da Plaza de Mayo, também ficam o Museu Cabildo e a Catedral Metropolitana. A igreja é muito bonita por dentro e a visita é grátis. Na Catedral, fica o túmulo do general San Martín, vigiado permanentemente por dois guardas. O general lutou para a independência da Argentina e também do Chile e Peru. Atrás da Casa Rosada, fica o Museu do Bicentenário, que também pode ser visitado gratuitamente.

Pelo Centro, dá para dar uma passada também no Obelisco, monumento símbolo de Buenos Aires, no encontro das avenidas 9 de Julio e Corrientes. Não muito longe, ficam a Calle Florida, rua de comércio, onde passam apenas pedestres (tem um pouco de tudo, mas nada muito emocionante. E muita gente oferece câmbio pela rua, mas não caia nessa). A Florida é uma das quatro entradas das Galerias Pacífico, um shopping com uma arquitetura linda. Não muito longe daí, fica o Café Tortoni, super tradicional ponto de Buenos Aires, que tem 155 anos e é chiquérrimo. Eu pedi o básico, chocolate quente e churros.

Uma vizinhança próxima do Centro e linda é a Recoleta. Nos finais de semana, tem uma feira meio hippie na pracinha. Não é muito grande, mas o melhor é sentar no gramado no sol e ficar apreciando o dia. Ali do ladinho tem o Buenos Aires Design, um shopping muito legal, focado em artigos de decoração. Logo ao lado tem a igreja e o cemitério da Recoleta. O cemitério é onde estão enterradas famílias super tradicionais de Buenos Aires, incluindo o túmulo dos Duarte, onde está o corpo de Eva Maria Duarte Perón, a Evita. Esse túmulo dela é bem simplesinho, do lado esquerdo do cemitério, a partir da entrada principal, de mármore negro. Mas há tumbas enormes, quase igrejas, com estátuas gigantes, colunas gregas, cúpulas e tudo mais. Há tours guiados grátis, duas vezes por dia, pelo menos, de quartas a sextas. No finais de semana, tem que consultar horário, é meio irregular. Uma curiosidade desse cemitério é que os caixões estão expostos dentro dos mausoléus. Naquele espaço onde no Brasil, costumam ficar fotos e flores, estão os caixões em prateleiras. Alguns, estão cobertos com panos, outros, não. Fora do cemitério, há vários lugares bem bacanas para comer. Sugiro um sorvete da Freddo de dulce de leche (doce de leite). Aliás, não saia da Argentina sem provar! É muito, muito bom!

Pela noite, fui num show de tango. Os dois que mais oferecem para os turistas são o Esquina Carlos Gardel (mais tradicional) e o Señor Tango (mais estilo Broadway). Mas há milhões de opções (mais baratas, inclusive. Pesquise). Optei pelo Señor Tango. É bacaninha o show. A troca de palcos é rápida. O show começa com dois sujeitos entrando a cavalo no palco, caracterizados de índio e de gaúcho. Depois, além de muitos casais dançando, há bailarinas que voam suspensas por cordas e até um dueto de um cantor ao vivo com o Roberto Carlos no telão (sim, prova de que só há turistas brasileiros por lá). O show termina com No Llores Por Mi, Argentina. Ops, spoiler. Sorry.

No domingo, andei pela região de Puerto Madero, um antigo porto, reformulado, com restaurantes, casas noturnas, etc. De dia, muita gente vai lá para caminhar, correr. Mas, é pela noite que ferve. Domingo é dia de Feira de San Telmo. Nesse bairro, quadras e quadras da Calle Defensa são ocupadas por barraquinhas que vendem de tudo. Sugiro deixar as compras da viagem para ali. Ao longo da rua, você encontra também a estátua da Mafalda, a personagem do argentino Quino. Ela está sentadinha num banco na esquina da Defensa com Chile. Ao arredor da Plaza Dorrego, estão concentradas as barraquinhas que vendem antiguidades. Mas, pelo bairro, também se acham vários antiquários e há também um mercado.

Na segunda-feira, visitei o Teatro Colón, fica bem no Centro e é lindo! Demorou vinte anos para ser construído, teve a mão de três arquitetos, dois italianos e um belga e a maioria dos materiais veio da Europa. No teto de algumas salas, tem ouro de verdade e lustres que pesam toneladas. Para visitá-lo, estrangeiros pagam 110 pesos. O turistas conhece alguns salões e a platéia. Mas não dá para visitar os três andares de subsolo, onde são feitos os cenários e as roupas das óperas.

No mesmo dia, conheci também a livraria El Ateneo. Localizada na Avenida Santa Fé, a livraria tem mais de 100 anos e a forma de um teatro. No palco, fica um café. Onde ficaria a platéia e nos camarotes, há livros. Para encerrar a segunda, peguei um táxi até Palermo Viejo. O bairro de Palermo, endereço de ricos, tem várias divisões: Soho, Hollywood, Chico. A parte de Palermo Viejo é bacana, especialmente ao redor de umas pracinhas, onde há bares e restaurantes com mesinhas na calçada.

El Paseo Del Rosedal. Foto: Kelly Pelisser

El Paseo Del Rosedal. Foto: Kelly Pelisser

Conheci o Zoológico de Luján, o que merece um post à parte. Pela tarde, ainda fui na região dos bosques de Palermo, uma enorme área verde no meio da cidade super agitada. Ali, há muitos parques. Visitei dois que são de graça. O Jardim Botânico, que é um encanto! E um dos parques mais lindos que já vi, comparável aqueles da Europa, El Paseo Del Rosedal. É lindo, lindo, lindo! Tem fontes, lagos, com ponte e um jardim enorme de rosas, de vários tipos e cores. Rende fotos maravilhosas e horas agradáveis.

Buenos Aires tem, sim, um quê de Europa, mas também tem muito da pobreza da América do Sul

Buenos Aires, Argentina: algumas dicas gerais

Caminito Buenos Aires Argentina

Em algum lugar no Caminito. Foto: Kelly Pelisser

Eu escrevi esse texto em 2013, depois de ter visitado Buenos Aires, na Argentina, mas acredito que a maioria das dicas ainda vale.

Passei seis dias em Buenos Aires em outubro de 2013 (ok, descontando os vôos de ida e volta, foram cinco dias, na verdade). Como toda cidade grande, tem lugares lindos e outros bem trash. Dizem que Buenos Aires é o que há de mais parecido com a Europa na América do Sul. Olha, até tem alguns prédios e lugares que lembram, sim.

Eu fiquei no Centro, o que não recomendo. Apesar de ser fácil para se deslocar (dá para fazer boa parte do roteiro turístico a pé), como todo Centro de cidade grande, tem muitos mendigos e, à noite, tem ruas vazias que dão um pouco de medo. Os bairros que mais gostei foram a Recoleta e Palermo. Mas, são um pouco mais longe.

Buenos Aires tem metrô (o subte), mas ele não abrange toda a cidade (como em Londres, Madrid ou Paris, onde se pode ir de metrô para qualquer lugar). Andei de metrô e é bem tranquilo, além de ser barato. Táxis têm muitos, muitos mesmo. A minha impressão é que a cidade tem mais táxis do que veículos de passeio. Você não vai esperar mais do que dois ou três minutos por um, na maioria dos lugares. E são relativamente baratos, mais do que no Brasil, ao menos. Pela internet se fala (e um guia turístico local também me disse) que os taxistas passam notas falsas. A dica é pegar carros de alguma empresa de rádio-táxi, tidos como mais confiáveis (você reconhece porque eles têm uma plaquinha em cima dizendo que é do rádio-táxi, ou com nome ou número da empresa). Outra dica: dê o endereço exato de uma esquina, separando os nomes das ruas com “y” (“e”, em espanhol) para parecer que você conhece a cidade. Exemplo: Defensa y Chile (esquina das ruas Defensa e Chile). Usei táxi e não tive problema algum. De ônibus, eu não andei, mas sei que, para uma viagem única, é preciso ter moedas para pagar (não se aceitam notas nos ônibus). Para quem ficar mais dias e quiser andar de ônibus e metrô, pode fazer um cartão Sube e recarregá-lo depois com o valor que quiser (tem em quiosques e shoppings. Dá para recarregar nas bilheterias de metrô). Eu não tentei também, mas tem serviço de bicicletas, que podem ser usadas por turistas de graça.

Sobre dinheiro, o real e o dólar são bem valorizados. Muitos restaurantes e lojas os aceitam como pagamento por um câmbio acima do oficial. Sugiro trocar algo no Brasil (já que taxistas, por exemplo, só aceitam pesos), mas usar a moeda brasileira para pagar (sempre pergunte qual o câmbio que o restaurante oferece) ou, ao menos, para trocar lá. Se conseguir alguém de confiança (não aquelas pessoas que oferecem nas ruas, pelamordedeus), é feita a troca por um câmbio paralelo, maior que o do banco ou de casas de câmbio. Outra dica que esse guia local me deu para evitar que os taxistas fiquem com uma nota alta (de cem pesos) suas e lhe troquem por outra falsa dizendo que é a sua e que não vale nada: marcar uma estrelinha nas suas notas. Se o taxista (ou garçom) lhe devolver dizendo que é falsa, veja se tem a sua estrelinha: se não tiver, reclame. Ah, em alguns lugares, chiam para trocar notas de cem pesos em uma compra com um valor menor do que 50.

Na Argentina, há muitos, muitos turistas brasileiros. Você ouve português por todos os lados. E, por isso, boa parte dos argentinos que trabalham com turismo falam português ou um portunhol. Num city tour que eu fiz, por exemplo, o guia argentino dava preferência ao português, mas no grupo tinha também chilenos e espanhóis (o que não achei muito bacana). Eu falo espanhol, e muitos vezes, ao dizer que era brasileira, já saiam falando em português (ou num português improvisado), mas eu queria mesmo era falar em espanhol (ou castellano)!

O clima é parecido com o Rio Grande do Sul. Vi turistas de Estados mais quentes do Brasil usando casacões de lãs em dias em que eu estava de blusa de manguinha. Fui em outubro, quando ainda há dias um pouco mais fresquinhos, mesmo com sol.

Uma coisa que me ajudou muito por lá foi um aplicativo do TripAdvisor que eu baixei no meu celular. O app funciona offline, incluindo o mapa, o que é ótimo. É claro que não dá para procurar o que há por perto ou incluir dicas suas sem internet, mas a parte offline já auxilia muito a se localizar e ver atrações mais bem avaliadas por outros usuários.

Como ligações internacionais são caras, dá para usar orelhões (embora não vi muitos além daqueles de shoppings) ou os locutórios (cabines telefônicas, normalmente oferecidas em espaços onde também há computadores para uso de internet. São bem mais baratas do que usar seu celular no Exterior e são fáceis de achar).